Nenhum homem a tinha tocado, mas um menino cresceu no ventre da filha do chefe.
O chamaram Mani. Poucos dias depois de nascer, já corria e conversava. Dos mais remotos rincões da selva, veio gente pra conhecer o prodigioso Mani.
Não sofreu nenhuma doença, mas ao cumprir um ano disse: "Vou morrer"; e morreu.
Passou um tempinho e uma planta jamais vista brotou na sepultura de Mani, que a mãe regava cada manhã. A planta cresceu, floresceu, deu frutos. Os pássaros que a picavam andavam depois aos trambolhos pelo ar, batendo asas em espirais loucas e cantando como nunca.
Um dia a terra se abriu onde Mani jazia. O chefe afundou a mão e arrancou uma raíz grande e carnuda. Ralou-a com uma pedra, fe zuma pasta, espremeu-a e no amor do fogo cozinhou pão para todos.
Chamaram essa raíz de Mani Oca, "casa de Mani", e mandioca é seu nome na bacia amazônica e outros lugares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário