Quero contar estórias não-contadas, revelar um mundo secreto, que jaz sob o olhar despreocupado. Quero expor as incoerências, as contradições inquietantes, os saberes subjugados. Quero descobrir os personagens anônimos da trama da vida, revelar seus sonhos, desejos, visões de mundo. Quero, essencialmente, descobrir. Descobrir a complexidade da vida, suas incansáveis surpresas, seus intrigantes mistérios. Quero, verdadeiramente, olhar, sentir, ouvir, fazer parte do meio. Quero descobrir crenças, mitos, tradições esquecidas, negligenciadas pelos livros oficiais. Quero revelar a beleza, expor a tristeza, a pobreza, ressaltar o otimismo, o sorriso, a alegria. Quero capturar a infinitude dos sentimentos humanos. Quero, através da imagem, língua universal que não enfrenta barreiras, fazer nascer uma nova gente. Gente que vê, que se preocupa, que se solidariza, que ajuda, que sabe que sem cooperação e fraternidade não se vence no jogo da vida. Quero transformar, mudar destinos, tapear os deuses do determinismo. Quero mudar as equações incompreensíveis, ajudar no nascimento de uma nova era. Quero, em resumo, ser peça de um novo quebra-cabeça, o da esperança, da atitude. Quero, fotografando, transformar.
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